«Choramigar/choramingar»
Foi assim que ele escreveu
«Mas a triste senhora continuava a choramigar.» Trata-se de Maria Eduarda Runa, mulher de Afonso da Maia. Eça de Queiroz foi assim que escreveu, «choramigar». Pois há por aí edições que alteraram para «choramingar»! Quando quis, noutros passos, Eça usou a variante «choramingar»: «O Domingos ficava choramingando com um lenço de cores sobre a face.» Lembram-se do que diz o Correcto nas Palestras com o Povo, de João de Castro Lopes? «O povo, meu Vicioso, gosta muito de nasalar as palavras desprovidas do n, e por isso é que também diz: planta-forma em vez de plata-forma, corpanzil, em lugar de corpazil, e outras.»
[Texto 6099]