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Linguagista

Confusões: «hacker | cracker»

Se confundirmos tudo, não vamos longe

 

      Li há dias que uma ciberbrigada internacional recruta hackers no Telegram para atacar activos russos. Voltei então a lembrar-me da trapalhada, também nos dicionários, quanto à definição de hacker. Para a Porto Editora, temos esta definição de hacker: «INFORMÁTICA pessoa que viola a segurança de sistemas informáticos; pirata informático». Não misturemos tudo. Pedagógico é mostrar como está certo, não seguir o que está incorrecto. Admito que, pejorativamente, mas talvez também ignorantemente, se diz que também significa o pirata informático. Pelo menos — mas não é o ideal! —, separar essas duas acepções. E depois temos a definição de cracker: «especialista em informática que quebra a segurança de sistemas e computadores alheios com o objectivo de provocar danos, roubar dados, etc.». Portanto, este também é dos maus, é isso? São todos? Ao primeiro olhar, o que falha logo é a indicação do domínio: temo-lo no primeiro, não o temos no segundo. E porque é o primeiro a «pessoa» e o segundo o «especialista»? Se alguma coisa for, é o inverso, mas até acho que não se deve ir por aí, nem pelo remendo do «hacker ético». Assim de repente, faz lembrar a trapalhada com ecólogo e ambientalista.

 

[Texto 16 189]

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