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Linguagista

«Criptomoeda», de novo

Melhorável

 

      Ainda recentemente, devem recordar-se, sugeri que a definição de criptomoeda no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora fosse melhorada, o que aconteceu. Agora, contudo, depois do que ouvi da Money Conference e da loucura à volta da criptomoeda, olho para a definição e vejo que pode voltar a ser melhorada. Talvez assim: «Representação monetária, de que são exemplo o bitcoin e o ethereum, que pode servir de meio de pagamento em transacções online de forma anónima e que está livre de taxas, desvalorização ou inflação por não ser regulada por nenhum banco central, mas que, por isso mesmo, também não tem nenhum mecanismo de garantia; moeda virtual; moeda digital».

 

[Texto 8503]

2 comentários

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    Helder Guégués 27.12.2017 00:20

    Mais uns elementos para a nossa reflexão.

    «Os dias de Natal não trouxeram boas notícias para os investidores que têm bitcoins. Depois de uma semana em queda, que se acentuou na sexta-feira com uma desvalorização que chegou aos 30% num dia, a moeda digital recuperou parcialmente no sábado, mas voltou a resvalar nos dias 24 e 25, colocando interrogações sobre a trajectória que o preço vai seguir. [...] A desvalorização recente parece causada, pelo menos em parte, pelos investidores que quiseram concretizar lucros para aproveitar o pico recente: no início da semana passada, o valor de cada bitcoin (que varia significativamente consoante as bolsas online em que as transacções são feitas) ultrapassava os 19 mil dólares. [...] Uma das críticas mais recentes veio de Yanis Varoufakis, o carismático antigo ministro das Finanças grego. “Sem sombra de dúvida, esta valorização é uma bolha perfeita”, afirmou, numa entrevista à revista Wired. Varoufakis, que é economista de formação, notou que o preço da bitcoin disparou sem que essa subida tivesse sido acompanhada por um aumento ao mesmo ritmo da aceitação da moeda como forma de pagamento. Em vez disso, argumentou, o preço é um reflexo de muitos investidores estarem a tentar fazer dinheiro tentando antecipar quais vão ser as acções dos outros investidores. “Este é o tipo de bolha que se forma quando a opinião média está a tentar adivinhar qual vai ser a opinião média”, disse.

    Varoufakis também apontou baterias à ideologia por trás da bitcoin – a de uma forma de pagamento sem controlo central –, classificando-a como “a fantasia do dinheiro apolítico”. O economista, no entanto, mantém-se um adepto da blockchain, a base de dados distribuída em que assentam a bitcoin e demais criptomoedas. Quando ministro, e no auge da crise grega, chegou a delinear um plano para usar uma blockchain como base para uma forma de pagamento paralela ao euro. [...] O analista, James Faucette, admite, no entanto, a ideia de que a bitcoin pode ser não tanto uma forma de pagamento, mas um activo semelhante ao ouro: “Talvez. Não tem nenhum uso intrínseco, como o ouro tem na electrónica ou na joalharia. Mas os investidores parecem estar a atribuir-lhe algum valor.”» («Não foi um bom Natal para a bitcoin», João Pedro Pereira, Público, 25.12.2017, 21h38).

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