Definição: «bifana»
É aproveitar e agradecer
«Se há algo a reter, vinca o chef e investigador Vítor Adão, é que “a forma como vemos a gastronomia portuguesa é uma mentira”. Considere, por exemplo que “a francesinha, tal como a conhecemos, tem 60 anos”, diz, e a própria bifana não andará muito longe disso. “O que é uma bifana?”, pergunta. “Em Mafra, pode ser uma febra em pão de Mafra; no Porto, carne desfiada de perna de porco em papo seco.” O importante é “perceber que nenhuma delas está certa ou errada”» («Porco no pão, ícone da cozinha», Pedro Henrique Miranda, «GPS»/Sábado, 15.05.2025, p. 94).
É verdade que aqui há uns anos já sugeri, e foram aceites, melhorias na definição de bifana no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, mas, que eu saiba, não há limites no melhoramento seja do que for. Eis que esta extensa reportagem da Sábado veio pôr as coisas noutros termos, e não convém desaproveitar as lições, os contributos, de quem sabe mais do que nós.
[Texto 21 339]