Definição: «heparina»
Já se pensou que fosse
Matar o papa com heparina? Coisas da ficção. A Porto Editora define-a assim: «QUÍMICA substância anticoagulante que inibe a formação e a actividade da tromboplastina e da trombina, e que está presente em todos os tecidos, nomeadamente no fígado e nos pulmões, sendo utilizada na profilaxia e terapêutica da trombose e embolia e como auxiliar nas transfusões de sangue».
Aproveitemos para dizer que a definição é cientificamente desactualizada, omite o mecanismo correcto de acção (via antitrombina III) e generaliza indevidamente a presença da heparina nos tecidos. Falta-lhe ainda distinguir os tipos clínicos (HNF e HBPM) e especificar os principais usos terapêuticos e profilácticos actuais. Assim, proponho: heparina MEDICINA, FARMACOLOGIA substância, glicosaminoglicano sulfatado com acção anticoagulante, produzida por mastócitos e presente sobretudo nos pulmões, fígado e intestino delgado, cuja principal função é potenciar a actividade da antitrombina III, inibindo assim a trombina (fator IIa) e o fator Xa; é utilizada na profilaxia e terapêutica de estados tromboembólicos, em procedimentos cirúrgicos e laboratoriais, e existe em formas de baixo peso molecular e não fraccionada.
[Texto 21 312]