Definição: «microssismo»
Pois, mas quão fraca?
«Os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequeno (2,0-2,9), pequeno (3,0-3,9), ligeiro (4,0-4,9), moderado (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grande (7,0-7,9), importante (8,0-8,9), excecional (9,0-9,9) e extremo (superior a 10)» («Sismo de 5,3 na escala de Richter sentido na ilha de São Miguel», João Cunha, Rádio Renascença, 11.03.2025, 8h56).
No início do mês, ouvi uma técnica do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) falar em origem tectónica e em microssismo, que a Porto Editora define assim: «GEOLOGIA sismo de fraca intensidade, apenas registado pelos sismógrafos». Fraca, mas quão fraca? A definição da Porto Editora está correcta, mas é demasiado genérica e incompleta. Não especifica que os microssismos podem ter diferentes origens (natural, tectónica, induzida) nem que, no caso dos microssismos tectónicos, a magnitude geralmente é inferior a 2,0. Assim, sugiro a seguinte definição de microssismo GEOLOGIA sismo de fraca intensidade, imperceptível para os humanos e detectável apenas por sismógrafos, podendo ter origem tectónica, vulcânica, oceânica ou resultar de actividade humana; no caso de origem tectónica, corresponde geralmente a um sismo de magnitude inferior a 2,0.
[Texto 21 075]