Descontando a hipérbole e um certo desconhecimento
O que nos falta
«Desde 1976 nenhum Governo se ocupou seriamente da defesa da língua. O Dicionário da Academia de Ciências não passa de uma triste imitação do Oxford Shorter, não há uma gramática decente e acessível ao leigo ou um Thesaurus ou sequer, com as confusões do Acordo, um prontuário ortográfico decente e fiável. Também não há uma edição completa e crítica dos “clássicos” reconhecidos, nem a investigação universitária redescobriu a literatura do século XVI ao século XIX, que merecia outra sorte. Em matéria de língua, os Governos ficaram entre a ignorância e o desdém. Ou seja, abandonaram o principal interesse de Portugal e um dos seus melhores meios de influência» («Merecidos vexames», Vasco Pulido Valente, Público, 26.07.2014, p. 48).
[Texto 4901]