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Linguagista

Dissertação/tese

Não é tudo igual

 

      «Há vícios bem virtuosos. A tara coleccionista, por exemplo. Graças a ela, podemos admirar hoje em Lisboa, no Centro Cultural e Científico de Macau, um assombroso acervo de objectos do ópio. Cachimbos e lamparinas, fornilhos e agulhas, contentores de estanho, caixas de marfim, escarradores hediondos, camas de chuto e relaxe, são às dezenas os artefactos que o coleccionador António Sapage reuniu pacientemente durante décadas, estando agora à disposição de quem os queira admirar e estudar. Foi o caso de Alexandrina Costa, que lhe dedicou a sua tese de mestrado na Faculdade de Letras de Lisboa, publicada numa bela e muito ilustrada edição conjunta do Centro Cultural de Macau e da Fundação Jorge Álvares» («Colóquio das drogas para os simples», António Araújo, Diário de Notícias, 16.09.2018, 6h20).

      Não é a primeira vez que relembro que o termo dissertação se usa para qualificar os trabalhos destinados à obtenção do grau de mestre e o termo tese para os que se destinam à obtenção do grau de doutor. Não inventei nada, decorre do Decreto-Lei n.º 107/2008, de 25 de Junho. Espanta-me esta tão generalizada falta de rigor.

 

[Texto 9924]

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