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Linguagista

Entre «chinês» e «mandarim»

Infinitamente melhorável

 

      Leonídio Paulo Ferreira entrevistou para o Diário de Notícias Liu Lening, responsável pelo programa de ensino de chinês na Universidade de Columbia. Chinês ou mandarim?

      «Mas devo dizer que ultimamente os educadores e académicos chineses preferem a palavra chinês a mandarim. Vou dar um exemplo: quando cheguei à Universidade de Columbia, o curso de língua chinesa aparecia como mandarim, mas agora é chinês — 1.º ano de chinês, 2.º ano de chinês, etc. Já não há mandarim no nosso currículo» («“Pode aprender-se chinês em três anos. A condição essencial é ter um bom professor e trabalhar a sério”», Diário de Notícias, 30.10.2022, p. 13).

      O que leva à definição de chinês no dicionário da Porto Editora: «conjunto de línguas faladas na China, das quais a mais importante é o mandarim». Línguas ou dialectos? «Existem oito dialetos principais. O mandarim ou putonghua é a língua oficial e normalizada para a educação, comunicação social, governo, negócios… o mandarim, é baseado principalmente no dialeto do norte, um dos oito.» Há ainda algumas características sobre o chinês na entrevista que só enriqueceriam a definição nos dicionários: que é uma língua isolante ou analítica, como também é uma língua tonal. «Por exemplo, o mandarim tem apenas quatro tons — o chinês é uma língua tonal —, mas há pelo menos oito tons no cantonês e talvez cinco no dialeto Wu; além de que alguns dos finais das sílabas chinesas são diferentes nos diferentes dialetos também.»

 

[Texto 17 171]

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