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Linguagista

Joões Galambas

E a propósito

 

 

      «O manifesto dos 74 está cheio de Joões Galambas, e isso não pode ser aceite como uma simples “divergência de opinião”, como Manuel Carvalho defende. O manifesto não requer só a reestruturação da dívida — requer também a reestruturação das opiniões de dezenas de pessoas, cujas convicções económicas vão variando alegremente conforme as suas simpatias políticas. O manifesto requer a galambização da pátria. E isso, desculpem lá, eu dispenso bem» («A reestruturação das opiniões», João Miguel Tavares, Público, 25.03.2014, p. 52).

      Está certo, se bem que: «O plural de João é Joões. Etimologicamente, deveria ser Joães, porque a forma antiga era Joane, com origem remota no hebreu Iohanan, pelo grego Joánes ou Joánnes e depois pelo latim Jo(h)anne, de Jo(h)annes. Como ninguém diz Joães, o natural é dizermos Joões, porque a maior parte dos substantivos terminados em -ão fazem o plural em -ões: barracão, bofetão, botão, cordão, tampão, esfregão, etc. É, pois, asneira o que, não raro, lemos nos jornais: os Silva, os Barreto, os Almeida. A família dos Monteiro e a família dos Mafra estiveram na festa. Que ridículo! E que ignorância não saberem que os nomes de pessoas também têm plural!» (José Neves Henriques, in Ciberdúvidas, 16.02.1998).

 

[Texto 4267] 

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