Leiam em voz alta
E logo vêem (sinestésico)
«Por pelo menos três vezes o líder socialista diz a Passos Coelho que este tem “muitas saudades” de José Sócrates» («António Costa joga troika, BES e até Sócrates contra Passos Coelho», João Pedro Henriques e Paula Sá, Diário de Notícias, 10.09.2015, p. 2).
Escrever, já o vimos aqui várias vezes, implica sempre reescrever e cortar. Alterar. «Por pelo menos três vezes»? Puro pêlo... Umas palavras mágicas — abracadabra, sim-salabim-bim-bim, hocus pocus —, e já está: «Pelo menos por três vezes o líder socialista diz a Passos Coelho que este tem “muitas saudades” de José Sócrates.» Mas é preciso ter-se ouvido. E, com um artigo escrito a duas mãos, quatro são os tímpanos, tantos como os de um grande efectivo orquestral. Não desafinem.
[Texto 6224]