Léxico: «acavalitar»
E depois gabam as alheias
«Pelo meio, ouviu poemas, recebeu presentes, distribuiu simpatia. Confessou que não estava à espera de ter tanta gente na rua à espera. Em Cabeço de Vide, uma aldeia branca acavalitada no cimo de um monte, nem a chuva dispersou a pequena multidão que o esperava. “É a primeira vez que o vejo ao vivo”, emociona-se uma senhora de meia-idade. Um miúdo abana o braço do colega com toda a força, fazendo-o abanar todo, repetindo o “passou-bem” vigoroso que o Presidente lhe tinha dado» («Marcelo, o Presidente próximo, troca beijinhos e selfies por esperança», Leonete Botelho, Público, 22.04.2016, p. 10).
É variante de encavalitar, mas que os lexicógrafos esqueceram. Ao mesmo tempo, põem nos píncaros a incomensurável riqueza da língua inglesa. (Leonete Botelho, passou-bem, coloquial ou não, não precisa de aspas. Deixe-se disso.)
[Texto 6763]