Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Linguagista

Léxico: «amorês»

Nem freiras nem jornalista

 

      «“Um mosteiro como este vai atrair pessoas do nosso país, pessoas de outros países, o que já está a acontecer. Eu sempre que vim aqui encontrei pessoas a falar outra língua, Mas há aqui uma língua comum, que não é só o mirandês, mas é o ‘amorês’, este ‘amorês’ que tem raízes em Deus e que, depois, se traduz em coisas muito concretas e palpáveis na vida também de trabalho, na vida de partilha, de comunidade”, aponta» («Em Palaçoulo há um mosteiro onde se fala “amorês”», Olímpia Mairos, Rádio Renascença, 25.10.2024, 9h35).

      Sim, isso é certo: não foram as freiras (mas elas têm, ou tinham, queda para o amorio e a doçaria, se bem que, como se soube agora, algumas receitas tenham sido forjadas no século XIX) nem Olímpia Mairos quem inventou o termo amorês, a linguagem do amor. Já o tenho encontrado em obras sobre poesia.

[Texto 20 486]