Léxico: «chiclete | nauatle | polissíntese»
E por aí fora
E se falássemos da etimologia de «chiclete»? Claro, o mais imediato é a marca comercial, mas não podemos parar por aí. Será antes assim: do inglês Chiclets® (marca registada da American Chicle Company, 1914), por sua vez derivado do espanhol chicle, do nauatle tzictli, «coisa pegajosa».
Claro que também convinha definir a língua como deve ser. Assim, proponho: nauatle LINGUÍSTICA língua ameríndia da família uto-asteca, com numerosas variantes dialectais, falada por mais de um milhão de pessoas sobretudo no Centro e Sul do México; foi a língua dos Mexicas, adquirindo estatuto de língua de império na Mesoamérica pré-colombiana, tendo deixado abundantes empréstimos no castelhano e, por via deste, noutras línguas europeias; caracteriza-se por forte aglutinação e tendência para a polissíntese.
A Porto Editora em «polissíntese» (que, na verdade, é polissémica) limita-se a remeter para «haplologia», mas só pode ser erro. Assim, proponho: polissíntese LINGUÍSTICA tipo de organização morfológica característico de certas línguas, em especial ameríndias e esquimó-aleútes, em que numerosas unidades morfológicas se combinam numa única palavra de estrutura complexa, capaz de exprimir o que noutras línguas exige uma frase inteira, sendo frequente a incorporação de substantivos.
[Texto 21 684]