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Linguagista

Léxico: «co-infecção»

É prudente

 

      «A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, só em 2016, surgiram 376 milhões de novas infecções sexualmente transmissíveis (IST) — cerca de um milhão por dia. Ainda assim, “o número de indivíduos infectados será menor, uma vez que as infecções repetidas ou co-infecções são cada vez mais comuns”, lê-se num relatório de investigadores de vários países e publicado pela OMS ontem» («Mais de um milhão de novas infecções sexualmente transmissíveis por dia, estima OMS», Rita Marques Costa, Público, 7.06.2019, p. 17).

      Percebe-se, decerto, embora a jornalista nunca explique o que é uma co-infecção. Também os dicionários não acolhem o termo, embora não deixem de registar superinfecção, por exemplo. O problema é que se vê escrito com e sem hífen, e o falante vai vacilar, e com razão. Ora, o prefixo co- (redução de com, este do latim cum) escreve-se seguido de hífen quando significa «a par» e o elemento seguinte possui vida autónoma, como é claramente o caso.

 

[Texto 11 497]

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