Léxico: «dáimio | daimio | daimió»
Mas isso tem remédio
«O processo de transformação do Japão ficou conhecido por “Era Meiji” e teve o imperador Mutsu-Hito por protagonista. Este ascendeu ao trono em 1867, com apenas 15 anos. Influenciado por intelectuais e pelos comerciantes desejosos de maiores lucros, decidiu transferir a capital de Quioto para Tóquio e assumir o poder político. O processo não se fez sem resistências, sobretudo dos dáimios, os terratenentes que suportavam o xogunato. Contudo, estes nada podiam contra a vontade do imperador, cuja “natureza divina” continuava incontestada» («A águia e o Sol», Lourenço Pereira Coutinho, «Revista E»/Expresso, 29.04.2022, p. 33). O VOLP da Academia Brasileira de Letras só regista as grafias daimio e daimió — as únicas que a Porto Editora não regista. E, sobretudo, a definição do dicionário da Porto Editora («antigo senhor feudal, no Japão, que dominava o governo») não é rigorosa.
[Texto 16 262]