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Linguagista

Léxico: «disforia de género»

Machista, dizem?

 

      «O texto, que será hoje entregue na Assembleia da República, deixa clara a distinção entre sexo (biológico) e género (construído). “Os conceitos de homem e de mulher constituem-se como relativos, discutíveis e determinados por localização no espaço, no tempo e na cultura”, lê-se. “Um dos pressupostos centrais da perspectiva patologizante, que recorre a conceitos como disforia de género, implica a produção de uma normativa médica e psiquiátrica que separa pessoas com disforia de género de pessoas com género consentâneo com a (fabricada) homologia naturalizadora”, apontam os investigadores. “A disforia de género apresenta problemas de verificabilidade e de testagem, mas com essa categoria se determina o modo como o Estado interage e reconhece direitos de cidadania. Logo, não se trata de um problema científico, mas antes político e de acesso a direitos”» («Investigadores a favor do fim de parecer médico para alterar género no registo», Ana Cristina Pereira, Público, 14.02.2017, p. 15).

      A disforia de género não é o desacordo profundo entre o sexo biológico e o sexo psicológico? Pelas definições de alguns dicionários, não se chega à compreensão daquilo de que se trata. E a propósito de género, lembrei-me de outra locução, «violência doméstica», de que infelizmente se ouve falar com muita frequência, e não decerto porque tenha aumentado o número de casos. Ora, em Espanha também são noticiados muitos casos, mas o nome que lhe dão é violencia machista. Neste caso, parece-me que estamos mais avançados do que os Espanhóis...

 

[Texto 7479]

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