Léxico: «eduquês»
Até em títulos
«Apesar do percurso que o levou à Suécia, Finlândia, EUA, em estudo ou no desenvolvimento de estudos e projectos educacionais, ou de ter sido consultor da UE, da UNESCO e do Banco Mundial, Santana Castilho sempre foi muito cáustico em relação às abordagens exacerbadamente técnicas da Educação, com as modas, o “eduquês” e com quem ele via como porta-vozes destas tendências. Os últimos responsáveis pela pasta da Educação foram vítimas dilectas dos seus adjectivos afiados e sarcasmo» («Santana Castilho, o professor que detestava o “eduquês”», Álvaro Vieira, Público, 30.05.2024, p. 16).
Pois então, alguém se esqueceu dele. Como economês, futebolês, internetês, juridiquês, politiquês... Não, maluquês é outra coisa, mas que merece igualmente — mais do que verduriano — estar dicionarizado. Acaso não registam todos malaquês? Fora do baralho, mas também em falta, está maluquez, esta sim mais comum e absolutamente universal.
[Texto 19 850]