Léxico: «golbol»
Experimentem fazer ao contrário
«Chegou ao fim, neste fim-de-semana, o Campeonato do Mundo de goalball, que se realizou pela primeira vez em Portugal. No Centro de Desportos e Congressos, em Matosinhos, foi o Brasil que confirmou a superioridade que tem mostrado nos últimos anos, sagrando-se tricampeão mundial, ao bater a China na final, por 6-5. [...] Esta modalidade de pavilhão disputa-se num campo com as mesmas dimensões do de voleibol (18 metros de comprimento e nove de largura) entre duas equipas, compostas por dois ou por três jogadores cada. O objectivo é marcar mais golos do que o adversário, sendo que a baliza ocupa toda a largura do campo. [...] Aqui surge uma das particularidades deste jogo: para que não haja interferência exterior, as partidas são sempre jogadas sob silêncio absoluto, exceptuando o som da bola, o apito do árbitro e os festejos fugazes dos golos» («Goalball, uma modalidade à procura de um impulso», Afonso Santos, Público, 19.12.2022, p. 38).
Já se sabe como é: «Ah», dizem os falantes, «“golbol” não está nos dicionários, não usamos.» Os dicionaristas: «Ah, ninguém usa “golbol”, não o dicionarizamos.» Pois fiquem sabendo que o VOLP da Academia Brasileira de Letras o acolhe. Quanto à definição, a da Porto Editora carece de uns retoques: «desporto destinado sobretudo a deficientes visuais, que é disputado por duas equipas de três jogadores cada, cujo objectivo é marcar golos».
[Texto 17 405]