Léxico: «húngaro»
Também não conhecem
«Sacolinha. “Quando regresso a Portugal, não falho”. É desta forma que Ana Free explica que, sempre que volta a Cascais, a padaria e pastelaria Sacolinha, que fica na Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, é um local de paragem obrigatória. “Para mim, é a pastelaria que tem o melhor pão, os melhores húngaros e os melhores brigadeiros. Recomendo sempre aos meus amigos”, revela» («“Foi bom crescer em Cascais”», Célia Soares, «Urbano»/Jornal de Notícias, 14.07.2019, p. 15).
Uma vírgula a mais, e tanto pode ser porque a jornalista não conhece Cascais, como porque ignora os arcanos da pontuação (com azar, ambas as razões): há mais do que uma Pastelaria Sacolinha em Cascais, é aqui uma espécie de Padaria Portuguesa a cada esquina, pelo que devia escrever qualquer coisa como «Pastelaria Sacolinha da Alameda dos Combatentes da Grande Guerra». Fica para a próxima. O que não se pode adiar é a dicionarização de húngaro, um clássico da nossa pastelaria. Fora dos dicionários...
[Texto 11 772]