Léxico: «lava-pés»
Mais por menos
«O Papa vai presidir esta Quinta-Feira Santa à celebração de lava-pés com alguns presos na Casa de Reclusão de Paliano, na província de Frosinone e Diocese de Palestrina, a sul de Roma» («Quinta-Feira Santa. Papa preside a lava-pés num centro de detenção», Rádio Renascença, 13.04.2017, 10h05).
Sobre o rito do lava-pés, lê-se no Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora: «cerimónia que se realiza na quinta-feira da Semana Santa para comemorar os ensinamentos de Cristo ao lavar os pés aos apóstolos por ocasião da Última Ceia». Creio que se pode dizer mais e talvez melhor. Para começar, em vez de «quinta-feira da Semana Santa», «Quinta-Feira Santa», que é, afinal, como sempre dizemos. E dizer mais acrescentando que é a lavagem simbólica dos pés de doze pessoas. Até ao ano passado, era a doze homens (como homens eram os doze apóstolos), mas em Março de 2016 a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou um decreto com a mudança decidida pelo Papa Francisco, que veio alterar o decreto Maxima Redemptionis Nostrae Mysteria, de 1955, quando houve uma reforma da Semana Santa. Entretanto, é preciso actualizar esta informação, o que, espantosamente, não foi feito nem sequer em publicações em linha.
[Texto 7708]