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Linguagista

Léxico: «meninada»

É lá possível

 

      Fôlego e paciência: «Fora Simão Noronha-Pereira o primeiro membro da família a ostentar sem pudor alguns dos costumes hebraicos da família, Simão, em missa de rogo para que a Virgem auxiliasse do Céu a comitiva macaense do jesuíta Joaquim Caetano a Pequim, teria gracejado para Diogo Vaz Bávaro, de pai alemão, convertido por oportunidade de negócio ao catolicismo, instalando-se em Macau como mercador de pergaminhos, carneiras e peles da China para a Índia portuguesa, que ter sido virgem Nossa Senhora parecia impossível, ele desconfiava, excessiva credulidade, só a meninada da doutrina na catequese podia acreditar em semelhante lhaneza, Diogo Vaz Bávaro, neófito na aprendizagem dos dogmas católicos, sentiu-se chocado, teve uma longa conversa com o padre Joaquim Caetano, que, recebedor dos óbolos dos Pereira [sic], sensato na interpretação da doutrina, se calou, falando em fanfarronadas de juventude, mas não esqueceu» (A Cidade do Fim, Miguel Real. Alfragide: Publicações Dom Quixote, 2013, pp. 125-26).

    Está bem, é muito, mas muito mais usado no Brasil — mas cá também é usado, caramba, e, contudo, o dicionário da Porto Editora só regista «meninência»! Apre!

 

[Texto 10 888]

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