Léxico: «nanomole»
A unidade de medida
«Lia está atualmente no último ano na Universidade da Pensilvânia e competiu durante três épocas na equipa masculina de natação antes de passar pelo processo de mudança de sexo. De acordo com as regras da NCAA, ficou apta a competir em provas femininas depois de completar um período de um ano de tratamentos de supressão de testosterona — a regulamentação que tanta celeuma tem causado na World Athletics e no Comité Olímpico Internacional, com o caso da bicampeã olímpica Caster Semenya, que não é transexual mas tem níveis de testosterona superiores ao dito normal para uma mulher, a ser o mais conhecido. Contudo, para a USA Swimming, as atletas transexuais têm de ter no máximo 5 nmol (nanomoles) por litro de testosterona durante 36 meses (as mulheres cisgénero têm em média entre 0,21 e 3): ou seja, Lia Thomas não é federada, não pode ter recordes não universitários homologados e não pode integrar as delegações olímpicas» («Lia Thomas fez história, foi deixada sozinha num pódio e só quer estar em Paris. Pelo meio, é a nova cara da luta dos atletas transexuais», Mariana Fernandes, Observador, 22.03.2022, 15h47).
[Texto 17 226]