Léxico: «neologizante | saiaguês»
Depois de «neologizar»
«Nos primeiros relatos, as invenções lingüísticas de Guimarães Rosa atingem, em igual medida, o plano lexical e o gramatical-sintático. Alimentam-se de regionalismos, de arcaísmos de área isolada; mas também de latinismos (nisso repetindo o processo neologizante próprio de todas as criações cultas de línguas rústicas, do pavano de Ruzante ao saiaguês de Juan del Encina, Lucas Fernández e Gil Vicente), de empréstimos de outras línguas modernas (e aqui também é levada ao máximo uma tendência própria do português-brasileiro, antipurista ao extremo), de vocábulos eruditos introduzidos ironicamente numa trama insólita e por isso carregados de significados diferentes» (História da Literatura Brasileira, Luciana Stegagno Picchio. Editora Nova Aguilar, 1997, p. 607).
[Texto 16 235]