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Linguagista

Léxico: «rubensiano | rubenesco»

Falta sempre alguma coisa

 

      «“As pinceladas fluidas e sinuosas, tão características de Rubens, não se encontram em parte alguma” neste Sansão e Dalila, argumenta [a artista e historiadora de arte grega Euphrosyne Doxiadis, que estuda a obra há décadas], citada pelo diário The Guardian, depois de comparar esta pintura com outras do mestre do barroco cuja autoria é inquestionável, algumas delas do acervo da mesma National Gallery» («Original ou cópia? A National Gallery tem um Rubens no limbo», Lucinda Canelas, Público, 12.03.2025, p. 30).

      Ainda cheguei a pensar que o dicionário da Porto Editora não acolhia o termo rubensiano, mas acolhe, sim. Eu não deixaria de acrescentar que a sua obra se inscreve no barroco. (E não esquecer que, do ponto de vista político-geográfico da época, é mais correcto afirmar que era brabantino.) Mas não acolhe rubenesco, como fazem outros dicionários, e bem, ou ainda os falantes mais dados a tremeliques se atiram para os braços do inglês e optam por Rubenesque, isn’t that just like you, you phony Portuguese?

[Texto 21 034]

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