«Negacionismo/revisionismo»
É tirar conclusões
«Mélenchon disse que Marine Le Pen é tão radical como o seu pai, Jean-Marie Le Pen – condenado por racismo e “negacionismo” histórico – e desmentiu os que o acusam de indefinição numa altura em que é preciso travar a extrema-direita» («França: Esquerda insta Macron a gesto político para deter extrema-direita», Lusa/TSF, 30.04.2017, 22h02).
Porquê as aspas em «negacionismo»? Comecemos por ver como definem a palavra os dicionários. Para o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora: «rejeição de conceitos básicos, incontestáveis e apoiados por consenso científico em favor de ideias não fundamentadas ou controversas». Hum... Para o dicionário da Real Academia Espanhola: «Actitud que consiste en la negación de hechos históricos recientes y muy graves que están generalmente aceptados. El negacionismo del Holocausto.» Passemos agora à definição de um conceito aparentado — revisionismo. No Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora: «HISTÓRIA posição de quem nega a existência de um facto documentado ou de quem propõe interpretações não fundamentadas de fenómenos históricos já estudados; negacionismo». No dicionário da Real Academia Espanhola: «Tendencia a someter a revisión metódica doctrinas, interpretaciones o prácticas establecidas con el propósito de actualizarlas y a veces de negarlas. Sometieron a revisionismo la teoría de la evolución. En Alemania es ilegal el revisionismo del Holocausto.»
[Texto 7767]