O «veado» brasileiro
Omitindo todas as outras
«Quem percorre as salas do Senado Federal, a câmara alta do Parlamento brasileiro, vê a entrada do plenário, num lado, o restaurante do outro, o café mais à frente, salas de reuniões aqui e ali e, claro, os gabinetes dos senadores, os mais seletos eleitos da nação. O gabinete 19, o 20, o 21, o 22, o 23... o 25. E o 24? Porque nenhum senador brasileiro tem o gabinete 24? [...] E o número 24 é o do veado, animal conotado com homossexualidade no país — a palavra “transviado”, usada antigamente para apontar o dedo aos gays, foi reduzida a “viado”, com ‘i’, e daí, por proximidade fonética, transformada em “veado”, com ‘e’» («Cadê o gabinete número 24? Quando a homofobia e a infantilidade falam mais alto», João Almeida Moreira, TSF, 7.03.2019, 11h38).
João Almeida Moreira deve saber que esta é apenas uma das mais de seis teorias sobre a origem da palavra.
[Texto 10 945]