Ortografia: «Citera»
Sem silabada
«Quando em dias de festa, Sagrado Coração de Jesus, Sagrado Coração de Maria, a vigilância afrouxava, as camaratas convertiam-se em caramanchéis da ilha de Citera» (Um Escritor Confessa-se, Aquilino Ribeiro. Lisboa: Livraria Bertrand, 1974, p. 82).
É a forma consagrada — e não, como se lê demasiadas vezes, «Cítera» —, mas incorrecta; correcto, em português, seria Citeros, do latim Cythēra, -orum. Como correcto é Pompeios e não Pompeia, mas a língua é o que é e não o que queremos que seja. Como a vida. Camões usou a grafia Citere.
[Texto 6221]