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Linguagista

Ortografia: «corezinhas»

Retomando a questão

 

 

      «Quando é que esta gente troca as corezinhas por uns sinais pretos e brancos?» Assim terminava uma crónica («As malditas cores», p. 31) de Jorge Miguel Matias na edição de 19 de Junho de 2006 no Público. Não o lemos muitas vezes, é verdade, mas o leitor Rui Almeida disse-me que se deparou com ele na obra Animalescos, de Gonçalo M. Tavares (Lisboa: Relógio D’Água Editores, 2013). Está certo, mas, corrijo agora o que afirmei acerca do diminutivo de «mulher», só no plural, porque o e só pode provir do plural: cores — corezinhas. O plural dos substantivos que têm os sufixos -zinho(a) e -zito(a) formam-se pluralizando ambos os elementos, palavra primitiva e sufixo, com queda do s da desinência (mas, na Crónica de D. João II, aparecem uns «gibõeszinhos»). Ou da forma usual. Não me parece, ao contrário do que afirmam alguns autores, que haja aqui intuitos puristas; lêem-se diminutivos assim formados em todo o género de textos. Claro que alguns têm mais sorte: se se vêem pouquíssimas «mulherezinhas», já se vêem mais «florezinhas», e mesmo algumas «dorezinhas». E até «colherezinhas» e «pastorezinhos».

 

  [Texto 3874]

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