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Linguagista

Para dar o tom

Cala-te, melher

 

      E a propósito dos laivos de pronúncia lá da terra, anteontem Herman José comentou a fotografia de Madonna: «Essas raízes estão uma desgraça, melher.» Ora, isto lê-se até em traduções, por exemplo, para imitar deturpações no original: «Perguntem a quem quiserem, a sôra Porter é uma melher respeitável» (Anjos Rebeldes, Libba Bray. Tradução de Susana Serrão. Alfragide: Edições Asa II, 2014). «You ask anybody and they’ll tell you, Missus Po’er’s a respec’able toiype.»

 

[Texto 8133]

3 comentários

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    Helder Guégués 07.09.2017 17:30

    Lisboeta? É uma opinião. Que proporia neste caso específico?
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    nuno 07.09.2017 19:18

    Melher é um bordão muito frequente nas mais irritantes personagens do Universo Herman, aquelas que ele situa em certas camadas de população da capital - um grupo que parece tirado dos desocupados dos café de bairro social ou das mais infrequentáveis figuras, gente de hábitos e costumes duvidosos.

    Com um melher só me vêm à cabeça os berreiros de Maria Rueff ou de Joaquim Monchique nesses programas e a minha mão à procura do comando para mudar de canal.

    Não sei o que proporia, confesso. Não consigo transferir para outra realidade algo que me parece que a cultura pop televisiva portuguesa tem marcado de modo carregado como um certo tom lisboeta. É quase como pôr o pessoal a trocar os bês pelos vês.

    Com este melher da Madonna tinha já visto o comentário de Herman e lamentado o gosto do humorista. Também tenho direito a preconceitos.
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