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Linguagista

Ponto richelieu, bastido, granito...

Um dia será tarde

 

      «Não há que enganar: mal se entra na exposição Discovery and Rediscovery, encontra-se a dupla de bordadeiras da Madeira. Ana Maria e Ana Luísa estão num dos espaços da Fundação Giorgio Cini, no âmbito da enorme mostra do artesanato europeu que é a Homo Faber, a decorrer em Veneza, Itália, até domingo. E ali estão entre panos e linhas de algodão a bordar, como fizeram toda a vida. [...] Sorridente, Maria Ana segura um pano onde borda o ponto richelieu a linha azul. “Trouxe uma toalhinha pequena, que tinha os pontos todos, mas já acabei. E agora estou a fazer outra de richelieu. Dentro do richelieu tem vários pontos. Os bastidos, granitos e o ponto corda...” vai explicando. Têm sido assim, os seus dias venezianos. Ouvir gente curiosa, explicar que arte é aquela, como se faz» («Bordado da Madeira aplaudido no maior evento de artesãos da Europa», Marina Almeida, Diário de Notícias, 27.09.2018, 16h02).

      Será que os nossos dicionários vão deixar que todas estas palavras — todos estes conhecimentos — se percam irremediavelmente?

 

[Texto 10 011]

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