«Por que motivo», de novo
Os refolhos do espírito
«— Um basilisco, senhora? E por que motivo, faz favor de me explicar, procuram um basilisco?» (A Princesa da Babilónia, Voltaire. Tradução de José Carlos Marinho. Lisboa: Editorial Inquérito, 1946, p. 230).
Já tenho falado com incultos da área da edição (ponha aqui o leitor os pontos de exclamação que entender — pontos de exclamação que são autênticas bandarilhas que se vão cravar necessariamente em algum cachaço) que suspeitam que este «por que» é invencionice dos revisores dos nossos dias. Valha-nos Deus. Abram-me bem os refolhos do espírito.
[Texto 11 004]