Regência do verbo «preferir»
Chumbadas, aos pares
«Na sessão de abertura do novo ano escolar no Conselho Nacional de Educação (CNE), Passos Coelho defendeu que o sistema educativo “não pode andar aos solavancos dos impulsos reformistas que cada Governo faça” e que é preferível ir introduzindo gradualmente pequenos aspectos de uma grande reforma do que querer fazer tudo de uma vez» («“Aumentar a salsicha educativa” não significa “bom resultado educativo”», Maria Lopes e Maria João Lopes, Público, 23.09.2014, p. 12).
Isso de duas cabeças pensarem melhor do que uma não é axiomático, como sabem. É preciso ver caso a caso, e neste caso pensaram mal: o verbo «preferir» rege a preposição a e não a construção «do que». Perdoável numa auxiliar educativa, imperdável em duas jornalistas.
[Texto 5070]