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Linguagista

Sequência pronominal «se o»

Por alguma razão a língua se nos entaramela

 

      «O livro tem uma pegada bem jornalística. Lê-se-o como se fosse uma série de longas reportagens. É bastante didático também. Oferece, por exemplo, explicações convincentes para o fiasco militar inicial dos russos, algo que me intrigava» («Novas guerras frias», Hélio Schwartsman, Folha de S. Paulo, 9.06.2024, p. A2).

       Hum, onde é que nós já vimos isto? Parece que foi noutra vida e noutro mundo, o que faz sentido. Lembremos o que diz o académico, gramático e linguista Evanildo Bechara na 39.ª edição da sua Moderna Gramática Portuguesa: «A língua-padrão rejeita a combinação se o (e flexões), apesar de uns poucos exemplos na pena de literatos: [...] “Cada coisa é uma palavra. E quando não se a tem, inventa-se-a.”»

 

[Texto 19 908]