Sobre «anticovid-19»
E a lógica e a coerência, como ficam?
«Centeno é o anti-Costa, no sentido em que é a antítese do animal político. E isso é um trunfo, tanto para o ministro das Finanças, como para o primeiro-ministro» («Centeno, o anti-Costa», André Veríssimo, Jornal de Negócios, 13.04.2017, 00h01). É, salvo num caso, sempre assim: Costa, mas anti-Costa; Cavaco, mas anti-Cavaco. A (aparente) excepção é Cristo — pois temos Anticristo. Adivinharam bem: se a Porto Editora (e todos quantos façam o mesmo) optou por grafar «COVID-19», evidentemente não pode escrever «anticovid-19». Ainda há lógica e coerência.
[Texto 14 230]