Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Linguagista

Nem «site» nem «website»

Também outros o dizem

 

      «Fernandes, por favor, não escrevas “site”, pela nossa saúde. Mas, se achas que tens mesmo de grafar essa barbaridade porque o coração tem razões que a razão abomina, opta por “website”, ou usa aspas, ou usa itálico. Por favor, ó pá» («Até apetece atacar o Ferreira Fernandes», Valupi, Aspirina B, 12.01.2017, 13h09). Ainda melhor, Valupi esqueceu-se desta solução, é não usar nenhuma dessas palavras.

 

[Texto 7465]

«Impeachment/impedimento»

Lá como cá

 

   «A mesma emissora que o elegeu [a Rede Globo], o tirou de lá. Collor caiu derrubado por uma palavra difícil, inglesa (vá saber porquê) — impeachment. Acho que o anglicismo serve pra conferir carisma ao processo. Se fosse “impedimento”[,] não agradaria tanto às nossas elites anglófonas» («Macartismo tropical», Gregório Duvivier, Sábado, 23.03.2016, p. 52).

 

[Texto 6706]

«S-e-l-f-i-e»

Pois é

 

      «Curiosamente, e com o aproximar de 2016, voltou também à ribalta no Brasil o acordo ortográfico (AO), que tanta polémica gerou e ainda gera. O Jornal Nacional da Globo, que fez um trabalho dia 21 ouvindo opiniões contraditórias, terminou com
 uma pergunta ao professor Evanildo Bechara, um dos grandes promotores e entusiastas do AO. Vale a pena reproduzir, na íntegra, o diálogo entre o jornalista e o professor. “J.N: Professor Bechara, como é que se escreve selfie, em português?/ E.B: Por enquanto, é à moda inglesa. Agora, a dúvida é saber se é masculino ou feminino. Porque as duas formas se usam./ J.N.: O senhor poderia soletrar selfie?/ E.B: S-e-l-f-i-e./ J.N.: Exatamente como inglês. Isso é português?/ E.B: É português.” Podemos, portanto, com acordo ou sem ele, dizer na mais vernácula expressão da língua de Camões e Machado de Assis que 2016 vai ser, para o Brasil, a very good year. E que há-de ficar bem no auto-retrato, perdão, na selfie» («Brasil para rir, pensar e desinquietar», editorial, Público, 26.12.2015, p. 2). 

      Surpreendentemente — ou não? —, o único não taralhouco aqui é Evanildo Bechara. (E lá está o gerúndio avariado: «fez um trabalho […] ouvindo opiniões contraditórias».)

 

[Texto 6505]