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Linguagista

«Zaporíjia», de novo

Quase sarampo

 

      «Ucrânia intensifica ataques na frente de Zaporijjia» (João Pedro Pincha, Público, 28.07.2023, p. 20). Zaporijianos que vivam cá, há meses que seja, até ficam a ver mal no esforço de focar tantas pintas: ijji. Já os jornalistas do Correio da Manhã conseguem pior, mas isso é porque não lêem a concorrência: «As forças ucranianas lançaram uma “grande ofensiva” na região de Zaporizhzhia, a sul de Orikhiv, indicaram ontem vários responsáveis russos na região» («Ofensiva em Zaporizhzhia», Correio da Manhã, 27.07.2023, p. 25). Imagino a dificuldade do tio Aires, grande leitor deste jornal, e só deste, ao deparar-se com semelhante grafia. Entretanto, como escrevi aqui há dias, nas editoras de livros a grafia Zaporíjia é já pacífica.

 

[Texto 18 559]

Por uma vez, Marbelha

Não se repetirá tão depressa

 

      «Outra forma de promover o país passa pela realização da gala anual de apresentação do Guia Michelin ibérico — o que aconteceu em Lisboa em 2018, mas tem passado por várias cidades espanholas, como Girona, Santiago de Compostela, Marbelha, Madrid ou Bilbau» («Guia Michelin quer apostar na promoção da gastronomia de Portugal», Observador, 26.03.2022, 13h39).

      Era assim, evidentemente, que o devíamos escrever sempre, mas é, pelo contrário, raríssimo encontrá-lo escrito desta forma, aportuguesado. É pena.

 

[Texto 16 129]