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Linguagista

Léxico: «plogging»

Finalmente, uma boa ideia

 

      Já que a vamos ver mais vezes, pois vai realizar-se mensalmente uma acção, fica aqui exarada: «Cuidar do ambiente enquanto cuida da sua saúde é possível. Plogging junta duas palavras suecas, plocka upp (apanhar) e jogga (correr), uma atividade que consiste em apanhar o lixo com que se vai cruzando enquanto pratica corrida» («Apanhar lixo a correr ao lado de uma campeã olímpica? O Plogging chegou a Portugal», TSF, 19.04.2019, 10h20, itálicos meus).

      Finalmente, qualquer coisa da Suécia sem ser as famosas almôndegas da IKEA.

 

[Texto 11 224]

Estrangeirismos e maiúscula

Aprofundando a questão

 

      «Vai ser preciso começar tudo de novo e é difícil acreditar que as clivagens ontem reveladas pelo Parlamento britânico permitam uma negociação aceitável pelos 27. O “Brexit” dificilmente poderá ser suave depois do que aconteceu. Os piores pesadelos para o futuro do Continente, Ilhas Britânicas incluídas, tornaram-se ainda mais reais» («God Save UK», Manuel Carvalho, Público, 16.01.2019, p. 6).

      Ainda se tem de equacionar esta questão: então se brexit é — qual a dúvida? — um estrangeirismo, não temos de o grafar como se faz na língua de que provém? Evidentemente. Logo, será Brexit. Nós não temos (embora muitos dos nossos tradutores se esqueçam ou não saibam) adjectivos próprios — mas é um estrangeirismo. Por fim, topónimos: é Ilhas Britânicas, com maiúscula, sim. Já «continente» com maiúscula é mera convenção com menos força e, no caso, nunca é a minha opção.

 

[Texto 10 598]

Léxico: «chemsex»

Porcarias com nome estrangeiro

 

      «O consumo de novas substâncias psicoactivas em Portugal tem um carácter “aparentemente residual, experimental e volátil” e não se espera “um particular incremento do consumo deste tipo de substâncias”, segundo um relatório do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) divulgado na passada sexta-feira. Ainda assim, sobram preocupações que levam o SICAD a aconselhar a criação de serviços de drug checking em contextos festivos. [...] O pouco que se sabe em Portugal sobre os utilizadores das novas substâncias nas práticas de chemsex (práticas sexuais potenciadas pelo consumo de drogas, nomeadamente em festas) leva os autores do estudo a apontar a necessidade de estudar esta realidade no contexto português» («Novas drogas: analisar antes de consumir», Natália Faria, Público, 15.10.2018, p. 18).

      Se calhar até é bom que estas porcarias tenham nome estrangeiro, não é? No caso de chemsex, porém, eu levava-o para os dicionários como estrangeirismo, já que ninguém, vá-se lá saber porquê, quer melhorar e ampliar os bilingues.

 

[Texto 10 123]