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Linguagista

Etimologia: «protactínio»

Porque interessa e é verdade

 

      «Nascida em Viena, na Áustria, em 1878, Lise Meitner, de origem judaica, foi uma investigadora que co-descobriu a fissão nuclear — um processo que consiste na divisão do núcleo de um átomo radioactivo em dois ou mais núcleos menores. Entrou para a Universidade de Viena em 1901 e, após terminar o doutoramento, foi trabalhar para o Instituto de Química, em Berlim. Foi aí que conheceu Otto Hahn, com quem viria a colaborar ao longo da sua carreira e a descobrir o elemento radioactivo protactínio» («Nomes apagados e descobertas usurpadas. A história das mulheres na ciência», Filipa Almeida Mendes, Público, 28.02.2024, p. 28).

      Era o mínimo, dizer-se na etimologia de protactínio que o termo foi cunhado (e o elemento descoberto) conjuntamente por Lise Meitner (1878-1968) e Otto Hahn (1879-1968). Já quanto a ter vindo do alemão Protoaktinium, eram outros quinhentos. Se o elemento proto- não está lá explícito e por inteiro, quer dizer que alguma coisa aconteceu pelo caminho. Importava dizer o quê.

 

[Texto 19 450]

Etimologia: «grupanálise»

É o mínimo

 

      Na terça-feira, li no Público um obituário, não jornalístico, mas desses que a família do defunto manda publicar nos jornais, muito bem-humorado. O defunto tinha sido grupanalista. Ora, não é todos os dias que encontramos esta palavra, e por isso não vamos perder a oportunidade de lembrar que o conceito de group analysis, origem da nossa grupanálise, foi criado em 1927 pelo psi Nicholas Trigant Burrow (1875-1950), que a definiu como a aplicação da terapêutica psicanalítica ou tratamento da sociedade, e mais concretamente de pequenas comunidades. (Mais tarde, em 1946, S. H. Foulkes estabeleceu que a dimensão do grupo seria de 7 ou 8 pessoas.) É o complemento perfeito e justo da secura de se dizer meramente que provém do inglês group analysis.

 

[Texto 19 390]