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Linguagista

«Morte morrida e morte matada»

Para lá dos limites

 

      Num especial, na SIC Notícias, sobre a agitação que por aí anda na sequência da morte de Odair Moniz, uma afirmação de Helena Roseta fez levantar subtilmente o sobrolho a Teresa Dimas: aquela morte «não foi uma morte morrida, foi uma morte matada». Já não ouvia isto há tanto tempo, que nem me lembrava que existia. Morte morrida é a morte natural, morte matada é a que foi provocada — é forma de dizer não apenas rara, como também para lá dos limites da gramática. 

[Texto 20 421]

Os Obamas

Lá aparece alguém que sabe contar

 

      «Barack Obama e Michelle Obama são as estrelas da segunda noite da Convenção Nacional Democrata que está a entronizar Kamala Harris como candidata à Casa Branca nas eleições presidenciais de 2024 e líder do Partido Democrata, mas parte da estratégia eleitoral da vice-presidente dos Estados Unidos da América (EUA) é demonstrada pelo convite a republicanos para fazer discursos em horário nobre — dois vão fazê-lo já esta madrugada, enquanto outros três vão falar nos restantes dois dias do congresso partidário» («Noite dos Obamas na convenção democrata marcada por chegada dos aliados republicanos», João Pedro Quesado, Rádio Renascença, 20.08.2024, 23h00).

[Texto 20 161]

Como se fala por aí

Antes surdos

 

      «Uma falha no microfone logo no início do discurso deixou o primeiro-ministro sem se fazer ouvir, um erro que durou cerca de sete minutos. “Nunca perco a serenidade”, disse Montenegro quando o problema de som foi resolvido» («Discurso. Falha no microfone», Correio da Manhã, 15.08.2024, p. 23). Falha no microfone... E a crassíssima falha de Luís Montenegro na gramática?! Com aquele ar entre seráfico e gozão, saiu-lhe um bem articulado «será-lhe». Mais um que não ouviu os professores quando andava na escola.

[Texto 20 153]