Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Linguagista

Eleições e parvoíces

Assim se vê

 

      «Eu hoje estava em Lisboa e, como sou amigo do ambiente e contra as alterações climáticas, pensei vir de comboio – ou como agora se diz de ferrovia –, mas entre Lisboa e Santa Maria da Feira é muito mais rápido vir de carro. Ou seja, as velhas auto-estradas do Cavaco são mais rápidas que a ferrovia dos socialistas», disse Durão Barroso no comício da AD em Santa Maria da Feira. Não, Dr. Durão Barroso, não se diz «ferrovia» em vez de «comboio», não diga parvoíces. Ferrovia é o mesmo que caminho-de-ferro, e ninguém diz que vai ou que veio de caminho-de-ferro.

      Aqui onde me vêem, já votei às 8h30. Fui um dos 208 007 eleitores inscritos no voto antecipado.

 

[Texto 19 461]

Não liguem

Sutor, ne ultra crepidam

 

      «Alguns exemplos: escrever o modo de um verbo no indicativo quando a gramática mandaria usar o conjuntivo. Escrever porque tudo junto, sem se notar que se deve escrever por que quando se trate de um expressão explicativa ou interrogativa, e porque junto é só justificativo ou consecutivo. Outro exemplo: ausência do de no início de uma palavra» («O uso e o não uso da língua», Jorge Miranda, Público, 25.02.2024, p. 13). Alguns exemplos, uns certos e outros errados, é assim que devia ter começado.

 

[Texto 19 424]