Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Linguagista

Nomenclatura científica

Mostrem lá que aprenderam

 

   «Os olivicultores alentejanos estão preocupados com a rápida propagação da “xylella fastidiosa”, uma bactéria que já tem como alcunha de “ébola das oliveiras” e que ataca especialmente o café e árvores como a oliveira, a amendoeira, o pessegueiro, a laranjeira e o limoeiro. Quando uma destas árvores é infectada, a bactéria impede a circulação da seiva e provoca a sua morte» («A “ébola das oliveiras” está a assustar os produtores alentejanos», Rádio Renascença, 28.07.2017, 15h40).

      Será que alguma vez estes jornalistas ouviram falar em nomenclatura científica? Com certeza que não. No sistema binomial, já o lembrei aqui várias vezes, a primeira palavra deve ser escrita com letra inicial maiúscula; a segunda, com letra inicial minúscula, e tudo em itálico (ou, como no caso, entre aspas). Logo, Xylella fastidiosa. Difícil?

 

[Texto 8066]

Os Rifenhos e o Makhzen

Mais português

 

      «No entanto, alguém estava a filmar, com um telemóvel, e colocou o vídeo na Internet — ouvem-se gritos, e vê-se quando é esvaziado o camião. O vídeo foi colocado no Facebook, no Twitter, e desencadeou uma reacção de horror, e protestos a nível nacional, em que se ouviram palavras contra o Makhzen — o termo que descreve [sic] o Palácio Real. “Mohcine foi assassinado, a culpa é do Makhzen”, ouviu-se nas manifestações de Casablanca e na capital, Rabat, além das cidades do Rif. A última onda de protestos foi na segunda-feira» («Uma questão para o rei: quem matou Mouhcine Fikri no camião do lixo?», Clara Barata, Público, 2.11.2016, p. 22).

      Eu não o grafaria em itálico: Makhzen, ou Dar al-Makhzen. Tal como também escrevo Rife, e não Rif, a região montanhosa de Marrocos Setentrional, cujos naturais ou habitantes são os Rifenhos.

 

[Texto 7216]

Itálico e siglas/acrónimos

Concordo que deve ser assim

 

      «Não é o board de editorialistas do NYT que vai escolher o próximo secretário-geral das Nações Unidas, mas em Abril estávamos claramente no acto I do processo. […] O NYT já terá descoberto que Guterres não
 usa quatro nomes, mas continua a não ser claro se os 20% de hipóteses de ganhar que 
o ex-primeiro-ministro português dizia ter subiram ou não» («Guterres, acto II», editorial, Público, 14.07.2016, p. 44). «Nesse dia, o DN dava conta de uma circular do Agrupamento
 de Escolas de Montemor-o-Novo onde os pais eram informados que nem o transporte escolar, nem o fornecimento de refeições, nem os prolongamentos de horário estavam assegurados na tarde de dia 10, já que a câmara dera dispensa aos funcionários do município para poderem ir à manifestação» («Quem paga os autocarros da CGTP?», João Miguel Tavares, Público, 14.07.2016, p. 48).

 

[Texto 6956]