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Linguagista

Como se escreve por aí

Não havia mais letras

 

      «De 2025 até 2039, os bebés nascidos farão parte da Geração Beta. Serão 16% da população mundial em 2035 – e muitos vão conhecer o século 22. [...] A Geração Beta segue a Geração Alfa (2010-2024), de acordo com o alfabeto grego. Antes da Alfa, nasceram as pessoas da Geração Z (1995-2009), a Geração Y, os conhecidos Millennials (1980-1994), a Geração X (1965-1979), os Baby Boomers (1946-1964) e a Geração Silenciosa (1928-1945)» («Adeus Alfa, olá Beta: bebés nascidos a partir de 2025 vão pertencer a uma nova geração», Beatriz Pereira, Rádio Renascença, 2.01.2025, 15h28).

      E a jornalista Beatriz Pereira a que geração pertence, que não sabe que grafamos os séculos com numeração romana? Também não sabe pontuar correctamente, mas isso já é transversal, como se diz agora, a todas as gerações.

      As denominações Geração Alfa e Geração Beta foram introduzidas e popularizadas por Mark McCrindle, um sociólogo australiano especializado em tendências demográficas e sociais, e pela sua equipa de pesquisa na McCrindle Research. A proposta de usar o alfabeto grego, em vez de continuar com letras latinas, surgiu como forma de marcar simbolicamente o início de um novo ciclo geracional, já que a Geração Z representava o fim do alfabeto latino.

[Texto 20 770]

French Quarter, Bairro Francês

Como eu estava a dizer

 

      Bem podemos imaginar que este escreveria também «Street»: «O suspeito, que foi morto a tiro pelas forças de segurança, tinha várias armas e um possível engenho explosivo improvisado na viatura usada no atentado, adianta o FBI. Outros engenhos explosivos improvisados foram encontrados no French Quarter» («Investigada possível ligação entre ataque em Nova Orleães e explosão em Las Vegas», Ricardo Vieira, Rádio Renascença, 2.01.2025, 00h43). «Além disso, o FBI disse ter encontrado no Bairro Francês outros dispositivos eletrónicos explosivos, o que levou a agência a afirmar ter motivos para que o antigo militar não tenha agido sozinho. Segundo a BBC, Jabbar frequentou a Universidade Estadual da Geórgia entre 2015 a [sic] 2020» («FBI suspeita de mais envolvidos no ataque terrorista de Nova Orleães», César Avó, Diário de Notícias, 2.01.2025, p. 3). «Uma carrinha atropelou ontem várias pessoas às 3.15 horas da manhã (9.15 horas em Portugal continental) no Bairro Francês, em Nova Orleães, matando pelo menos dez pessoas e ferindo mais de 30» («Apoiante do Estado Islâmico mata dez e é abatido pela Polícia», Gabriel Hansen, Jornal de Notícias, 2.01.2025, p. 20). Lá está: Geórgia.

[Texto 20 718]

 

Tradução: «red notice»

Alerta!

 

      «O homem que era alvo de um mandado de detenção europeu, constando de notícia vermelha na Europol, estava a cumprir sete anos de prisão, decretados pelo Tribunal de Matosinhos pelos crimes de furto, violência depois da subtração e falsificação de documentos. É considerado como o menos violento dos cinco reclusos que conseguiram escapar da cadeia de Vale de Judeus» («Cúmplices da Máfia de Leste levam PJ a apanhar evadido», Alexandre Panda, Jornal de Notícias, 11.12.2024, p. 14).

      Dois problemas, pelo menos: em inglês é, de facto, red notice, mas, a meu ver, a melhor tradução é alerta vermelho. Segundo problema: o sistema formal de alertas da Europol não é por cores. Esse sistema é da Interpol.

[Texto 20 628]