Olhe que não
«Actualmente, esta vila do distrito de Lisboa já disponibiliza bicicletas para uso dos turistas e residentes, com modalidades que vão desde o uso gratuito (mais circunscrito ao centro de Cascais) até à utilização paga, englobada num conceito de mobilidade mais alargado, com estacionamento e/ou comboio (o MobiCascais). [...] No caso da ofo (a grafia é mesmo assim, para se parecer com o desenho de uma bicicleta), que se apresenta como a plataforma líder mundial no mercado de bicicletas partilhadas sem estações fixas de estacionamento (station-free bike-sharing), esta deverá cobrar um euro por cada meia hora de utilização, prevendo-se que as bicicletas estejam operacionais dentro de algumas semanas» («Empresa chinesa de partilha de bicicletas entra por Cascais», Luís Villalobos, Público, 25.10.2017, p. 16).
Isso é assim, eles querem que se escreva «ofo» e nós obedecemos? O tal escritor também queria que lhe escrevessem o nome com minúsculas, e, como sempre, pelo menos os jornalistas obedeceram. Obedecem menos à gramática e à lógica. Coisas mais substanciais? As bicicletas gratuitas em Cascais, afirma-se, têm um uso «mais circunscrito ao centro de Cascais». Não é verdade. Pode-se usar uma dessas bicicletas (uma vez percorri 40 quilómetros numa, e andei entre o Guincho e o Estoril) por todo o território do concelho. O limite é o horário; no Inverno, das 9h00 às 17h00. As outras, as pagas, foram muito mal escolhidas.
[Texto 8265]