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Linguagista

Topónimos: com ou sem artigo

Arbitrário

 

      Outra opção inadequada na fixação do texto dos Maias. Isto escreveu Eça: «Dois dias depois Vilaça entrou em Benfica, com as lágrimas nos olhos, contando que o menino casara nessa madrugada – e segundo lhe dissera o Sérgio, procurador do Monforte, ia partir com a noiva para a Itália.» Na edição fixada por Helena Cidade Moura, o artigo antes do topónimo desaparece, ficou «para Itália». A mesma pergunta que já fiz em relação a outras alterações: que pode legitimar tal alteração no texto? Seria incorrecta ainda que a prática (que não a regra, que não está estabelecida) tivesse mudado, mas a verdade é que se continua a dizer o Brasil, o Chile, a China, o Egipto, os Estados Unidos da América, o Iraque, a Itália, a Noruega, a Suécia, etc.

 

[Texto 6064]