Um anglicismo desnecessário
Está bem, não são ovas
«O que se come do ouriço-do-mar são as gónadas (o sistema reprodutor muitas vezes, incorrectamente, chamado “ovas”) e o seu valor é maior no período pré-reprodutor, entre Janeiro e Abril, quando se encontram mais desenvolvidas. Isto significa, naturalmente, que a apanha está a comprometer os futuros stocks, impedindo a reprodução natural dos ouriços» («Ericeira prepara-se para ser a grande maternidade dos ouriços em Portugal», Alexandra Prado Coelho, Público, 26.04.2015, p. 19).
Ficamos a saber que, afinal, são as gónadas e não ovas. Para darmos alguma coisa em troca, diremos que stock é um anglicismo desnecessário. Entre outros, a jornalista podia usar o termo «reserva».
[Texto 5790]