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Linguagista

Um «estupro» mais fácil

Um critério que não se compreende

 

 

      Mais um estudo, mais um erro. Agora, no Brasil. «Um estudo que chocou o Brasil afinal estava errado. O IPEA (Instituto de Pesquisa Económica Aplicada), uma fundação vinculada à Presidência da República, revelou que são 26% (e não 65%) os brasileiros que consideram que as “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”» («Havia um erro em estudo de mulheres e violência», J.G.H. e H.D.S., Público, 6.04.2014, p. 26). Parecia um inquérito feito a homens indianos e, por associação de ideias, lembro-me da confusão, de que já dei conta no Assim Mesmo, que se encontra em traduções, entre «índio» e «indiano». Há de tudo, neste mundo vário e multiforme. Termina assim o artigo: «Apesar dos erros na divulgação de alguns resultados, o IPEA realça que 58,5% dos entrevistados concordam “com a ideia de que se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros [violações]”.» Os jornalistas recearam que os pobres leitores — do Público, não da revista Maria — desconhecessem o vocábulo «estupro». Termos realmente mais desconhecidos, ou técnicos ou estrangeirismos, ficam por explicar.

 

[Texto 4337]

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